um dia chuva pede muita coisa. pede que a gente vista um moletom.
pede até que a gente fique em casa e assista a uma comédia romântica na
TV. ou termine logo aquele livro deixado de lado por falta de tempo e paciência. pede que a gente
esqueça a dieta. e não resista ao brigadeiro de panela, ao pão de queijo, ao bolo quentinho com chocolate quente ou a qualquer outro desejo gordinho que cisma em aparecer no meio da tarde. pede
que a gente sinta saudades. ligue para uma amiga sem pressa. pede que a gente abrace apertado. só pede que a gente escreva.
mas aí vem a realidade e lembra que um dia de chuva é um dia
qualquer, que eu não posso estar de moletom, que eu tenho um dia inteiro de trabalho e preciso parar de rascunhar
textos cheio de reflexões vazias – ou não. mas em uma coisa eu vou ceder à vontade desse
dia de chuva. vou ali comprar um pão de queijo quentinho e já volto.